dezembro 14, 2007

Equipa AECs da EB1 Nº 113 dos Olivais

Licenciada em Comunicação Social há 5 meses e com currículos distribuídos em praticamente todo o lado possível e imaginário (dentro e fora da área de formação), eis que se me deparou o desafio de leccionar Inglês a alunos do 1º ciclo do ensino básico, numa escola primária nos Olivais (Lisboa).

Pensar que no segundo ano de frequência do curso de Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Ingleses e Portugueses, desisti porque não me imaginava a dar aulas.., ironia do destino... o primeiro emprego pós-licencitura que consigo é precisamente o de professora em regime de actividades de enriquecimento curricular.

Decidi por isso homenagear a equipa de professores com que trabalho na EB1 Nº113 do Agrupamento das piscinas dos Olivais. Tenho pena de não ter uma foto decente (pelo tamanho e não pelo conteúdo) da nossa querida coordenadora, professora Dulce. De resto... aqui fica o belo do grupo (quem pior... se os professores ou os alunos... ainda estou para descobrir) ;p


Professor Martim (ed. física)





da esquerda para a direita:
professor Hugo e professor Ricardo (música)



Professor Luís (música)


Professora Margarida - que detesta que lhe tirem fotos (inglês)



da esquerda para a direita:
professora Sónia (música) e professora Joana (inglês)


da esquerda para a direita:
professor Nuno e professor Duarte (ed. física)

novembro 18, 2007

Abram alas para o Ozzy...

"Abram alas para o Ozzy"..., para o Carlitos, para o Patrão, para o Indy, para o Semi, para a Diana e para o Né!

E eis que "Tragic Comic are coming to town". De regresso à cidade que os viu nascer enquanto banda, eis que os TC presentearam os Almadenses com um concerto de apresentação do álbum Welcome To My Show.


Uma vez mais, a Fnac do Almada Fórum encheu para os ouvir tocar, para cantar, saltar e vibrar com eles. Literalmente dos 8 aos 80, o espírito era sempre jovem e todos queriam mais.

Os 8 temas interpretados pelos Tragic souberam a pouco e levaram a reclamações por não ter sido permitido um encore.

Por ordem de entrada:
*Intro + Journey to the Unknown
*Dementia
*Are you ready for us
*Prisoner
*Please Don't Let Me Down
*SR
*Ozzy Theme
*The Dream Keepers

Como sempre, com sorrisos nos lábios e o rock nas veias, os Tragic Comic não só apresentaram o seu sonho tornado realidade, o álbum em que tanto batalharam para que pudesse chegar até nós, como também incluiram todo o público presente no decorrer do concerto.

Penso não cometer nenhum erro em dizer que o momento alto da tarde foi mesmo a balada SR, quando todo o público cantou, sem erros, mais ou menos no tom e tempo certos, o refrão.

Acho que nem mesmo a banda esperava que a música mais melancólica do álbum, e não tão conhecida do público (dado que o single que ja toca pelas rádios nacionais é o Please Don't Let me Down) fosse aquela em que o auditório na FNAC se fez ouvir em uníssono.


Desde já o meu OBRIGADA a todos os elementos da banda pelos autógrafos tão carinhosos que me escreveram no livrete do CD. Pelo carinho e pelo apoio. Um beijo enorme para todos :)
Rock On!

setembro 06, 2007

"O Vestido" finalmente à venda

Pois bem caros/as amigos/as,

O meu livro, intitulado O Vestido, está finalmente à venda. Tal como no seu lançamento, o preço de venda é de 16€ (é de capa rija) e pode ser encomendado no site da Corpos Editora e, segundo me disseram (os editores), na Fnac...
Pode ainda ser encontrado nas seguintes livrarias:

- Sá da Costa (Chiado - Lisboa)
- Livraria Culsete (Setúbal)
- Leitura (baixa do Porto)
- Lello (clérigos- Porto)
- Poetria (baixa do Porto)
- Leitura (baixa Porto)
- Bertrand Stª Catarina (Porto)
- Livraria Garfos e Letras (Porto)
- Almedina (Arrábida Shopping em V. N. Gaia)
- Centro Elisabete Teixeira (V.N.Gaia)
- Bertrand Maia shopping (Maia)
- Bertrand Parque Nascente ( Rio Tinto)
- O Livreiro (Chaves)
- Melo e Castro (Felgueiras)
- Livraria Esperança (Funchal- Madeira)

:)

agosto 05, 2007

O livro!

Ora bem, foi ontem a grande noite de evento literário da Corpos Editora, no Muralhas Rock Bar, em Alcabideche, onde foi apresentado, entre outros, o meu livro :)



Aqui fica a capa do mesmo. Deve estar disponível para venda (o circuito de comercialização, di-lo-ei mais tarde... lol quando tiver a lista completa) em Setembro, o custo é de 16€.

Se alguem, conhecido, que queira o livro e que ainda não o tenha adquirido (ontem, no lançamento), e que não queira esperar por Setembro, pode contactar-me que ainda tenho alguns exemplares para venda, dos de ontem à noite ;)

julho 19, 2007

A minha primeira entrevista... como entrevistada!

Inga Oliveira - Milene, diz o povo que para se atingir a plena maturidade temos que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Qual dos três nasceu primeiro?

Milene Emidio - Para ser sincera, foi a árvore (risos). Tinha nove aninhos quando plantei uma árvore, na minha escola preparatória, nas comemorações do dia mundial da árvore e da floresta. O livro, veio alguns anos depois.Com os meus 16 tentei fazê-lo, mas ao reler as cerca de cem páginas que tinha achei-o imaturo, sabia o que queria e vi que lhe faltava experiência de vida, não que escreva sobre o que me acontece ou acontece aos outros, mas senti que para determinados pormenores faltava-me viver mais, pesquisar mais, aprender mais sobre relacionamentos humanos, e perceber como funciona a sociedade e o mundo. Já so falta o filho!!


Inga Oliveira - Como, onde e quando "despertaste" para a escrita. Quem e o que te influênciou?
Milene Emidio - Tal como referia na resposta anterior, aos 16 anos fiz a minha primeira tentativa. Antes disso, sempre escrevi muito, mas nada completo. Era mais o escrever um diário pessoal, um diário de sonhos, pequenos contos ou textos livres. Nada que exigisse muita atenção ou esforço da minha parte. Desde pequenina que, e penso que todas as crianças passam por essa fase, gostava que me lessem histórias antes de dormir. Infelizmente, os meus pais não tinham muito tempo para isso e os avós não foram uma constante na minha vida. Ensinaram-me então a ler, mesmo antes de entrar para a escola, para que eu pudesse ler as histórias que queria antes de adormecer. Desde então não parei, ainda hoje sou uma consumidora assumida de literatura. Talvez por este motivo tenha desenvolvido o gosto pela escrita. As influências são muitas e variadas... Se remontar ao tempo em que comecei a ler, terei de confessar que foram os contos de Walt Disney (risos), depois vieram as Aventuras da Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, entre outras colecções também juvenis, das quais não me recordo dos autores (é vergonhoso, mas assim é), aos 12 já me aventurava com a obra completa de Agatha Christie e por fim veio a literatura de género fantástico com Juliet Marillier, Nora Roberts, Anne Bishop, entre outros. Li também outro tipo de literatura, mais que não fosse, tinha de ler alguns para as disciplinas que tive nos dois anos que passei na faculdade de Letras, mas como disse, para mim ler é um prazer, quase tão grande como escrever.

Inga Oliveira - Que história é esta, a de "Um vestido"? Invenção ou um sonho teu?

Milene Emidio - Não perdoas uma! (risos) É verdade, O Vestido, nasceu de um sonho que tive. Basicamente todo o conteúdo do primeiro capítulo é reflexo do sonho que tive. E volto a referir que não! Não tem nada a ver com moda.Basicamente achei que seria interessante abordar temas que, hoje em dia são abordados em literatura fantástica, mas que não se encontram muito desenvolvidos. É normal neste estilo enveredar por histórias com magia,criaturas do nosso imaginário, terras que supostamente não existem. Eu queria algo místico, mas mais perto do ser humano. Resolvi então pegar num objecto comum e tão cobiçado por muitas mulheres - um vestido - e torná-lo no elemento que vai guiar uma personagem até um destino que tantos de nós gostariamos de conhecer.


Inga Oliveira - Que importância teve para ti escreveres um livro assim e nesta altura da tua vida?

Milene Emidio - Por incrível que pareça, o livro começou a ser escrito há cinco anos e demorei quase quatro a acabá-lo. Começou por ser um texto livre (mais um entre tantos outros) para uma disciplina da faculdade. Foi o comentário feito pelo professor que me fez olhar de forma diferente para o texto e, então, continuá-lo. A importância na altura foi relativa. Quando o acabei, foi uma pequena realização pessoal... Era algo de meu, saído de mim que tomava forma em cerca de 80 páginas A4 impressas. Já a proposta editorial, essa sim, veio no momento exacto. Uma época menos boa da minha vida, em que passei por alguns momentos difíceis. A proposta da Corpos Editora foi a realização total, ou seja, era a minha pequena realização pessoal, de ter algo meu em papel que passava agora para o domínio público. É o poder oferecer algo nosso a alguém e sentir que esse alguém apreciou o nosso esforço. Mas ainda falta ver a aceitação por parte do público (risos).


Inga Oliveira - Hà, em algum momento, alguma passagem do livro momentos reais?? E as personagens, algumas são de "carne e osso" - reais?

Milene Emidio - Pergunta difícil, essa! Começo pelas personagens... (risos) Posso dizer que as personagens, ou parte do elenco, foi baseado em pessoas que conheço. Não na sua totalidade, mas algumas características foram retiradas de amigos, familiares, conhecidos... A parte curiosa, ou não, é que uma das personagens foi criada antes de uma certa pessoa ter aparecido na minha vida. E vim a descobrir que se tivesse baseado a personagem nessa mesma pessoa, não teria saído tão parecido. Acho que posso afirmar que será um alter ego dessa pessoa, mas para que conste, a personagem foi criada um ano e meio antes de eu sequer ter conhecimento da existencia da pessoa que hoje lhe dá corpo - são as chamadas coincidências (risos). Momentos reais no livro... Que me lembre, não. Não me baseei em factos históricos ou verídicos do quotidiano. Contudo, podiam muito bem ser reais, alguns deles, pelo menos. Pode haver, inclusivé quem se identifique com o que é narrado, mas não foram, de todo, reais.


Inga Oliveira - Os ambientes, o cenário da tua história, tu conhece-los ou também é imaginação??? E como os conseguiste criar????

Milene Emidio - Ora aí está algo que não sei responder (gargalhadas). Os locais descritos não os conheço, foram retirados na sua totalidade da minha imaginação. Mas podem existir, como não sou grande conhecedora dos recantos que este planeta guarda.... Agora a sério, foram criados por mim, na medida em que precisava de cenários que servissem as acções das personagens, isto é, se coloco uma casa, com jardim e com um riacho, é porque tanto o jardim como o riacho, em algum momento vão ser necessários para o desenvolvimento da história. E aproveitei, como adoro fazer descrições, tinha de criar ambientes envolventes e com bastantes pormenores para dar cor ao próprio texto.


Inga Oliveira - O Livro tem lançamento marcado para dia 4 de Agosto de 2007 pelas 22h30 onde ?

Milene Emidio - O livro vai ser lançado no primeiro sábado de Agosto, no Muralhas Rock Bar, em Alcabideche (Cascais), num evento promovido pela Corpos Editora, no qual vão estar presentes mais 8 autores, também com as suas obras mais recentes. Vamos ainda ter a presença de um espectáculo de poesia e música levado a cabo por um dos responsáveis pela editora, o Ex-Ricardo de Pinho Teixeira. Espero poder contar com a tua presença, Inga, assim como com a presença de todos aqueles que se queiram dirigir àquele espaço nessa noite.

julho 13, 2007

Lançamento do meu 1º Livro!

Pois é gente...
Um sonho que se torna realidade :)

O Vestido, toma finalmente forma, através da Corpos Editora, e eis que fica disponível para quem o quiser comprar / ler ;)

Desde já deixo este post ao vosso dispor para comentarem sobre o próprio evento, a ter lugar no Muralhas Rock Bar, em Cascais (4 de Agosto, às 22h30), ou então sobre o livro em si, a história, as personagens, o que esperam, se gostaram, se não... expectativas ;)

Enfim.. comentem!
(ah.. e.. APAREÇAM no lançamento ehehehe)






junho 18, 2007

Votação

Caras (os) amigas (os),

Serve o presente post para vos pedir que votem (através de comentário) nas vossas 3 fotos preferidas (ou que mais gostarem...), tem de ser mesmo HOJE, Ok? Por favor... votem e façam votar lol ;)


foto 17












foto 20














foto 21














foto 27















foto 32













foto 33














Fotos tiradas por: Ana Margarida Paulo

junho 10, 2007

Viagem...

Mais um texto de minha autoria. Escrito hoje, que pode vir a ser incluído num outro livro, se o houver... Mais um saído de um sonho, como quase todos os que escrevo... Comentem ;)


O tempo estava quente mesmo para um país Nórdico. A ideia de fazerem a viagem de férias à Noruega tinha sido inesperada. Com tantos destinos, ainda que todos mais virados para o cultural, esse país surgiu à última hora, mas acabou por agradar a todos.
O Hotel era um edifício alto, amplo, moderno e com vistas lindíssimas. Os quartos não se ficavam atrás, espaçosos, com janelas que ocupavam toda uma parede, com casa de banho privada.
Esta era a última noite que lá passavam. O regresso a casa estava marcado para o dia seguinte por volta das dez da manhã. Inês, Catarina e Joana não queriam perder a última oportunidade de se divertirem. Escolheram os vestidos mais ousados e glamorosos que tinham e desceram até ao bar do hotel. A gerência tinha organizado uma festa nesse espaço para essa mesma noite, após o jantar.


Na sala encontravam-se já Diogo e Pedro, vestidos a rigor, de fato, ocupando uma mesa. Elas aproximaram-se e ocuparam os restantes lugares.
Já tinha passado um mês desde que Inês e Diogo se tinham afastado. Ele pedira-lhe um tempo para pensar, para reflectir sobre o que queria fazer da sua vida, argumentando que enquanto não estivesse bem com ele mesmo, não conseguiria estar bem com mais ninguém. Ela respeitou a sua vontade, conferindo-lhe o tempo que ele necessitasse para voltar a sentir-se bem, mas deixou claro que não desistiria dos seus sentimentos, do enorme amor que sentia por ele. No fundo, algo lhe dizia que também ele a amava como ela o amava, apenas a confusão lhe toldava a visão de tudo. Mas esta noite ele estava ali, sorridente, descontraído, lindo... Era difícil agir como apenas amiga quando o coração lhe gritava outra coisa. Ele também não ficou indiferente à produção de Inês, do vestido longo, sem costas, a maquilhagem subtil e proporcionada, realçando-lhe os olhos.


Os cinco amigos falaram, dançaram, beberam. Ainda não era muito tarde, talvez passasse um pouco da meia noite, mas os hóspedes começaram a retirar-se para os seus quartos.
Embora estivessem no mesmo piso, as raparigas tinham ficado no quarto dez, com vista para o rio; aos rapazes fora-lhes atribuído o quarto sete, quase paralelo ao das raparigas. Despediram-se no corredor antes de entrarem cada um para os seus respectivos quartos. Inês demorou o seu olhar, fixando os olhos de Diogo. Por fim entraram.
O quarto apresentava uma claridade estranha, mas natural. Inês acercou-se da janela observando o rio, as luzes da cidade, um pouco mais distantes, o céu...
Joana chamou-lhe a atenção começando a entoar uma musica que seguidamente começou a dar no leitor de CDs, não se fazendo rogada, começou a dançar, levando as amigas a seguirem-lhe os passos. O riso imperava e os passos arrojados enchiam o quarto. Ninguém deu pela entrada de Diogo, que ficou à porta a admirar a cena, perdido de riso. Sem que Inês repasse, ele fez sinal a Joana e Catarina para que saíssem por momentos. Foi aí que Inês o viu. Continuava com as calças e a camisa do fato. Estava lindo, charmoso, um verdadeiro predador. Já não sorria, estava sério, mas não no sentido grave, antes com a expressão de quem quer tomar uma decisão, mas precisa de uma base de apoio, de uma confirmação da outra parte. Avançou até ela, que se tinha virado entretanto para olhar novamente o rio, e enlaçou-lhe a cintura, apoiando o seu queixo no ombro dela. O coração de Inês disparou, não sabendo ao certo o que depreender do gesto.


- Adoro esta vista. – Não sabendo que mais dizer optou por um comentário banal, mas continuava tensa.
- Inês, eu...
Não teve tempo de concluir a frase. Inês voltara-se para ele, olhando-o nos olhos. As mãos dele continuavam na sua cintura. Ela estava tão próxima, a sua fragrância fresca enebriava-o, mas tinha medo que ela não lhe desse a confirmação de que necessitava. Tinha de correr o risco, apostar no que sentia e levar a cabo o que lá tinha ido fazer.


Aproximou lentamente a sua face da dela, viu-a começar a fechar os olhos, aproximou-se, então, um pouco mais até que os seus lábios se tocaram. Um toque leve, suave, doce, uma pressão quase imperceptível, mas que fez correr o sangue nas veias de ambos. Inês esperava por aquele momento há semanas, mas não tinha havido qualquer oportunidade. O beijo alongou-se, um pouco mais de pressão, um pouco mais de sentimento. Perderam-se no tempo e no espaço. A frustração acumulada e os sentimentos retidos soltaram-se por fim. Da gentileza passaram à paixão ardente que os consumia. Desenvencilharam-se da roupa, que se tornara um obstáculo. O importante, o essencial naquele momento, era sentirem-se um ao outro. Era o toque de pele com pele, era acalmar o forte desejo que os consumia. Trancaram a porta e já não havia qualquer barreira que os separasse. Amaram-se com uma intensidade que nem Inês nem Diogo se lembravam de alguma vez ter acontecido. Sorveram cada pedaço de corpo um do outro, era como se não existisse um amanhã. No entanto, apesar da pressa e do fogo da paixão, Diogo mostrava-se um amante doce, meigo, apaixonado. Essa combinação levou Inês bem perto das lágrimas quando atingiu o clímax ao mesmo tempo que ele. Desta vez não eram lágrimas sofridas, amargas, desesperadas como as que tinha chorado durante quase um mês. Eram, antes, lágrimas de felicidade, de libertação. Ficaram abraçados, ele ainda dentro dela, em silêncio. Não eram precisas palavras. O acto em si tinha sido mais que revelador. Amavam-se, e o certo era acreditar nesse sentimento e seguir em frente. A amizade nunca se perdera, era preciso agora preservar o que tinham conquistado de novo. Lentamente arrastaram-se para o presente, para o quarto em que estavam. Vestiram-se e beijaram-se novamente. Outra vez como amantes que eram, como casal que eram. Não foram murmuradas promessas, bastava um olhar e estava tudo lá. Encontrar-se-iam novamente de manhã, para voltarem para casa. Agora era tempo de dormir, de sonhar.


Milene Emídio

imagem: Liquid Fire, de Cristina Ortega (pormenor)

junho 06, 2007

I would do anything for love

Aqui vos deixo uma das melhores músicas de sempre:
I Would Do Anything For Love - dos Meatloaf


And I would do anything for love, I'd run right into hell and back
I would do anything for love, I'll never lie to you and that's a fact
But I'll never forget the way you feel right now, oh no, no way
And I would do anything for love, but I won't do that, I won't do that
Anything for love, oh I would do anything for love
I would do anything for love, but I won't do that, oh I won't do that

Some days it don't come easy, and some days it don't come hard
Some days it don't come at all, and these are the days that never end
Some nights you're breathing fire, and some nights you're carved in ice
Some nights you're like nothing I've ever seen before or will again

Maybe I'm crazy, but it's crazy and it's true
I know you can save me, no one else can save me now but you
As long as the planets are turning, as long as the stars are burning
As long as your dreams are coming true, you better believe it

That I would do anything for love, and I'll be there til the final act
I would do anything for love, and I'll take a vow and seal a pact
But I'll never forgive myself if we don't go all the way tonight
And I would do anything for love, oh I would do anything for love
Oh I would do anything for love, but I won't do that, no I won't do that

I would do anything for love, anything you've been dreaming of
But I just won't do that (repeats 3x)

(Solo)

Some days I pray for silence, and somedays I pray for soul
Some days I just pray to the God of Sex and Drums and Rock 'N Roll
Some nights I lose the feeling, and some nights I lose control
Some nights I just lose it all when I watch you dance and the thunder rolls

Maybe I'm lonely and that's all I'm qualified to be
There's just one and only, the one and only promise I can keep
As long as the wheels are turning, as long as the fires are burning
As long as your prayers are coming true, you better believe it

That I would do anything for love, and you know it's true and that's a fact
I would do anything for love, and there'll never be no turning back
But I'll never do it better than I do it with you, so long, so long
And I would do anything for love, oh I would do anything for love
I would do anything for love, but I won't do that, no no no I won't do that

I would do anything for love, anything you've been dreaming of
But I just won't do that (repeats 7x)

But I'll never stop dreaming of you every night of my life, no way
And I would do anything for love, oh I would do anything for love
I would do anything for love, but I won't do that, no I won't do that

[Girl:] Will you raise me up, will you help me down?
Will you get me right out of this Godforsaken town?
Will you make it all a little less cold?

[Boy:] I can do that! I can do that!

[Girl:] Will you hold me sacred? Will you hold me tight?
Can you colorize my life, I'm so sick of black and white?
Can you make it all a little less old?

[Boy:] I can do that! Oh oh, now I can do that!

[Girl:] Will you make me some magic, with your own two hands?
Can you build an emerald city with these grains of sand?
Can you give me something I can take home?

[Boy:] I can do that! Oh oh now, I can do that!

[Girl:] Will you cater to every fantasy I got?
Will ya hose me down with holy water, if I get too hot?
Will you take me places I've never known?

[Boy:] I can do that! Oh oh now, I can do that!

[Girl:] After a while you'll forget everything
It was a brief interlude and a midsummer night's fling
And you'll see that it's time to move on

[Boy:] I won't do that! No I won't do that!

[Girl:] I know the territory, I've been around
It'll all turn to dust and we'll all fall down
And sooner or later, you'll be screwing around

[Boy:] I won't do that! No I won't do that!

Anything for love, oh I would do anything for love
I would do anything for love, but I won't do that, no I won't do that

maio 28, 2007

Pura Magia

Mais um excerto de um dos meus textos, que já tem uns aninhos...


Evelyn subia a custo a encosta sul da montanha. Sabia que algures nas grutas viradas a norte encontraria o seu velho amigo Drake.
Drake era apenas alguns anos mais velho, no entanto, optara por refugiar-se na montanha para se concentrar única e exclusivamente na aprendizagem dos ramos mais altos da magia, queria tornar-se num verdadeiro mago. Há já cerca de cinco anos que Evelyn não o via, lembrava-se de como costumavam andar sempre juntos, partilhar segredos, passear nas longas tardes de verão, contudo, sabia que os olhos cinzentos do seu amigo escondiam algo, um segredo que não havia sido partilhado com ninguém, nem mesmo com ela – a sua melhor amiga.
O sol já descrevera grande parte do seu ciclo, encontrando-se relativamente perto da linha do horizonte, o céu apresentava tons rosa e laranja, a brisa soprava morna, vinda de Este. A caminhada era longa, mas Evelyn estava decidida e nada no mundo a faria mudar de ideias. Por fim avistou as reentrâncias no cimo da montanha, ele havia de estar numa das grutas, restava saber em qual.
A luminosidade era cada vez mais fraca, do sol já pouco ou nada se via, as grutas eram húmidas e escuras. Uma a uma, cada reentrância foi alvo dos olhos curiosos da rapariga, até que numa delas, Evelyn viu uns olhos estranhos que a fixavam e sentiu também um bafo quente. Não conseguiu ter qualquer reacção, as suas pernas tremiam, o seu coração parecia querer saltar-lhe do peito, a cabeça andou à roda e perdeu os sentidos.
Ao reabrir os olhos sentiu-se dorida, estava deitada numa cama de ervas e coberta por uma pele de urso. A visão ainda se encontrava algo desfocada; passou as mãos pelos olhos para a aclarar, quando as retirou viu a figura de um homem que lhe sorria e lhe estendia uma chávena de qualquer coisa fumegante.
- Há quando tempo, Evy! Estavas com melhor aspecto da última vez que te vi! – proferiu em tom jocoso. – Que te trás por cá?
A rapariga apercebeu-se que o homem que se encontrava sentado ao seu lado era nem mais nem menos que Drake, o seu amigo. Estava diferente, mais velho – não apenas pelos cinco anos que tinham passado… as suas feições permaneciam agradáveis, mas estavam mais duras, tinha um ar mais adulto, mais maduro. Sem dar por isso, Evelyn corou ao olhar para Drake. A última vez que o tinha visto era apenas um rapaz, agora tornara-se num homem charmoso e misterioso.
- Quero aprender magia! – disse.
- Evy, estás cansada. Da aldeia até aqui ainda é longe. Levaste um grande susto… Acabaste de recuperar os sentidos.
- Quero aprender magia, Drake! Não percorri todo este caminho para me tentares dissuadir! Sei o que quero e se não for contigo, que és o meu melhor amigo, há-de ser com outro mestre que me aceite! – E dito isto, cruzou os braços em frente do peito.
- Evy, porquê magia? Porquê eu? Porquê agora?
- Para quem se tornou mago, já devias ter calculado a resposta… – retorquiu, olhando-o de lado. – Pois bem, porquê magia, há muito que queria aprender. Desde os tempos em que me falavas de tudo o que esperavas tornar-te, o que tinhas de estudar… Porquê tu?, porque és o meu melhor amigo e sinto que me podes iniciar. Porquê agora?, foi como que um chamamento… Algo me disse que tinha de vir.
- Tu sabes o que viste quando aqui chegaste? – Ao perguntar, Drake desviou o olhar da rapariga, acto que chamou a sua atenção.
- Apenas uns olhos estranhos… senti também um bafo quente… – Reparava agora que os olhos cinzentos do seu amigo estavam mais misteriosos que antes, sabia que ele lhe ia contar algo de que ela não ia gostar, muito provavelmente.
- Era um dragão Evy. Eu sou um dragão.
A primeira reacção de Evelyn teria sido rir-se caso o ar triste e sério de Drake não a tivesse levado a acreditar no que acabava de dizer.


(...)

Por fim chegaram à clareira, tudo era paz e tranquilidade naquele espaço. Não muito longe corria o rio, o murmurar das suas águas puras e cristalinas fazia-se ouvir como uma doce melodia numa tarde de final de primavera. Evelyn tratou de colocar cada objecto no seu devido local e refugiou-se atrás de um grande carvalho para mudar de roupa. Drake, por sua vez, foi até ao rio, encher de água uma pequena taça de prata. Quando voltou já ela se encontrava no centro do círculo formado pelos objectos rituais. Os seus olhos brilharam ao vê-la ali, de cabelos soltos, embalados pela brisa da tarde, vestindo apenas uma túnica comprida de tons azuis, empunhando uma pequena faca de lâmina retorcida. Colocou a taça no seu lugar e ficou sentado numa raiz saliente a observar a sua aluna a desempenhar parte do que lhe fora ensinado. O ritual demorou algum tempo, a lua já aparecia no céu, a brisa continuava morna, Evelyn agradecia agora a presença dos elementos, do Deus e da Deusa. Drake parecia estar em transe, algo mais aparecera naquele momento mágico… o espírito do seu mestre.
«Diz-lhe, não cometas o mesmo erro que tantos de nós cometemos. Agarra esta oportunidade porque outra não se te apresentará!»


por: Milene Emídio

maio 22, 2007

Utopia: Mito que pode virar realidade?

Sendo este blog um sítio onde a mente vagueia venho vaguear um pouco num tema que poderá ser interessante para uns, para outros nem tanto...
Acabei de ler o livro "Utopia" do escritor Thomas More e considero ser um livro a ser lido por toda a gente nem que seja para pôr as pessoas a pensar numa questão: "E se..?". Neste livro, e não querendo desde já dizer a história toda o que deixo para vocês o fazerem, Thomas More critica a vida social e política da Inglaterra e também dos outros estados Europeus da altura (meados séc. XVI) "...verberando o despotismo das monarquias, o servilismo dos cortesãos, a venalidade dos altos funcionários, o luxo e a injustiça dos nobres e dos monges.". Dá-nos também a conhecer uma terra supostamente real onde se encontra a organização ideal de sociedade fazendo assim um "abrir de olhos" aos seus compatriotas europeus de como governar bem e sem problemas.
Isto tudo para dizer o quê: que este livro é tão actual na altura como o é agora se cada um de nós simplsmente tentar transpor algo do livro para os nossos dias. A crítica continua a ser válida e pode ser que nós, cidadãos do mundo livre, nos comecemos a preocupar alguma coisa com a nossa própria vida já que a nossa própria vida faz a vida da comunidadee aqui aplica-se o ditado: "Faz aos outros o que gostariam que te fizessem a ti."

Leiam, reflictam e depois digam de vossa justiça já que eu disse da minha.
Tenho dito.

maio 02, 2007

Free Night Div.

O que é para si uma noite Div?

Este é o mote do mais recente programa radiofónico da Horizonte FM (92.8 FM), que vai ter lugar aos sábados e domingos, das 16h às 19h.

Conta com o apoio (e patrocínio) do Café da Palha, sito no Parque das Nações.
A ideia é inovar as noites de Lisboa (e as tardes de fim de semana da rádio), contando para isso com a participação de todos, e, em especial das DIV's do nosso país.

Para mais informações... Free Night Div. (Blog)


Milene Emídio

abril 25, 2007

Morte

Pois bem... isto já não era actualizado há uns tempos... Falta de oportunidade e de tema... e vejam lá que a originalidade foi tanta que o tema é exactamente o mesmo do último post!

Contudo, desta vez, numa veia menos satírica ou irónica... Tenho a agradecer este texto à minha musa inspiradora... uma música que ouvi num concerto e quando li a letra fiquei de quatro (não nesse sentido.. ai ai ai ai essas mentes!!!). O meu obrigada aos Tragic Comic pela música que fazem e que tão alegremente apresentam nos seus concertos, e um obrigada especial ao Ozzy que me facultou a letra da música!


Aqui vos deixo um excerto da minha mais recente criação:



"Deambulo por um caminho estranho.
Não consigo aperceber-me se é noite ou dia, há sol, mas tudo à minha volta é escuro, mas não aquele escuro das nuvens ou do cair da noite... Antes um escuro doentio que oscila entre o púrpura e o negro.
As árvores estão como que mortas, sem folhas, os ramos como ossos agudos e ameaçadores, mas sem vida, sem seiva. Por entre eles prendem-se fiapos de um qualquer tecido... Tento aproximar-me mas a imagem foge.
Já não distingo o real do irreal. As minhas roupas são-me estranhas e estão esfarrapadas, talvez o tecido que se encontra nas árvores pertença à saia do meu vestido?! Não sei... tudo é escuro, e tudo pode ser qualquer coisa.
A vegetação morta e negra aos meus pés, estranhamente não larga qualquer odor, nem bom, nem mau, mas ainda assim revolta-me o estômago.
Quero gritar, mas a voz estrangula-se-me na garganta. É abafada por algo que me é exterior. Contudo, os meus pensamentos, ouço-os como se estivesse a falar. Tudo o resto é silêncio, tudo o resto está morto.
Como vim aqui parar? Não sei... Queria saber, queria compreender, mas não sei nem compreendo.
Olho para mim mesma com um pouco de mais atenção. Noto que a minha pele está anormalmente pálida, as veias, outrora cheias de vida a pulsar nelas, estão visíveis, mas mortiças. Sinto-me fria! Fria não... agora que me sinto, sei que estou gelada, mas não tenho frio... Agora que reparo, quase nem tenho pulsação! Está fraca, quase que imperceptível ao toque.
Se tivesse um espelho sei que veria olheiras fundas e escuras sob os meus olhos. Os olhos... tão vivos e brilhantes... Pergunto-me como estarão eles agora! Testemunhas de tudo aquilo por que passei, das loucuras que me assaltam a mente à noite, das visões que me perseguem durante o dia. Nada existe, mas tudo está lá... E eles vêm, continuamente, sem sequer pestanejarem...
Onde estou eu? Não vejo nada nem ninguém, apenas as árvores nuas e mortas que se afastam à medida que caminho. Volto a perguntar-me se estarei realmente aqui ou se esta é apenas mais uma das tantas visões ou dos inúmeros pesadelos que tenho tido...
Tento correr, tento alcançar algo que nem mesmo eu sei o que é. Sei apenas que quero sair dali, acordar, despertar... Qualquer coisa que me faça sentir viva outra vez. Quero sentir-me quente. Quero sentir o coração a bater-me no peito. Quero sentir as minhas veias a pulsar com o sangue que corre nelas. Mas as pernas não obedecem ao meu pensamento, o vestido pesa toneladas... Não que pese realmente, mas transmite-me essa sensação.
Estou presa em mim mesma, algures num cenário que eu mesma criei, somente com a minha própria companhia... Quero sair e não posso, não consigo. Mais um grito estrangulado dentro de mim, e dói... Dói imenso. As lágrimas caem em silêncio e a amargura derruba-me.
Sinto-me cansada... Tão cansada. Olho em redor e nada... Nem uma alma, um recanto, nada! Enrolo-me sobre mim mesma naquele chão morto. O vestido confere-me algum conforto. A náusea começa a passar. As formas começam a desaparecer... Primeiro o sol escuro e o céu negro, depois as árvores e os seus ramos ameaçadores. Por fim, o chão em que estou.
Tão cansada... Sinto-me tão cansada. Só quero dormir... Dormir... Começo a fechar os olhos. Parece então que uma luz suave e quente me começa a envolver, doce... tão doce. E quente, reconfortante. Aninho-me mais em mim mesma e deixo-me levar pelo conforto e pelo brilho da luz. Cansada, tão cansada... Vou dormir... Apenas dormir..."

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Paz... finalmente paz!



Por: Milene Emídio
Image by: http://azras.cyberspot.se/default.aspx

janeiro 29, 2007

15 formas de (não) tentar o suicídio

Não tenham este post como algo mal intencionado. A verdade é que a temática da morte tem sido constante na minha vida nestes últimos meses... familiares, familiares de amigos, trabalhos... Enfim... dá que pensar! Por isso mesmo, resolvi colocar a questão de forma diferente!
Eis o resultado parvo que só podia sair duma cabeça como a minha...

1. Cortar os pulsos? ...ehhh não consigo ver sangue!

2. Atirar-me ao rio? ...nah... sei nadar!

3. Prender pedras aos tornozelos e tentar afogamento na praia? ...o peso seria tanto que não ultrapassaria a berma da água...

4. Enforcar-me? ...com a sorte e o peso que tenho, o mais provável seria a corda partir-se!

5. Ingerir comprimidos? ...e isso não faz mal ao estômago??

6. E veneno para ratos? ...aquilo tem um aspecto tão... tão...

7. Dar um tiro na cabeça? Que horror!! Só a sujeira que iria ficar depois com bocados de cérebro espalhados por todo o lado... acham mesmo!?

8. Injectar-me com dose excessiva de droga? ...não digam a ninguém, mas... tenho medo de agulhas!

9. Que tal suicídio assistido (implica hospital e médicos)? A lei não mo permite... e continuo a ter medo de agulhas... e os comprimidos fazem mal ao estômago!

10. Atirar-me das escadas? ...isso dói!

11. E se for de um penhasco? ... tenho vertigens!

12. Enfiar um saco pela cabeça para asfixiar? ... e falta de ar também...

13. Atirar-me para a linha de comboio? É regional... pára em todas as estações... também vai parar a tempo de me ver...

14. E se for para a frente de um autocarro? Nunca passam a horas e a paciência de uma pessoa tem limites!

15. Enfiar a cabeça no forno? É eléctrico... logo, não vou asfixiar com o gás!


Resumindo... Não vale a pena tentar adiar a morte! É, com toda a certeza, a única coisa que temos certa nesta vida... Ninguém lhe escapa! Por isso, vivam o melhor que puderem e cometam loucuras porque quando damos por nós... já pode ser tarde!

Por: Milene Emídio

janeiro 20, 2007

Ano novo...


Pois é, parece que já venho um pouco tarde para desejar um bom 2007 a todos os cibernautas que por aqui passem, no entanto, não posso deixar de utilizar o chavão "ano novo...." ... produtos novos!
Este meu post é unicamente para vos dar conhecimento da mais recente invenção anti-tabagista (ou pelo menos 50% dos espanhóis dizem que ajuda a largar o vício do tabaco)... publicidade mais linda que isto pode dar... crianças acautelem-se que isto é para maiores de 18! (se bem que... pode ser quando a pessoa quiser... afinal, é algo natural... esqueçam este meu devaneio!)



Foto tirada por Sorcha (Milene Emídio)