agosto 21, 2016

Visita à Casa Assombrada

Muitos de vós sabem o quão fascinada sou pela temática paranormal.
Não podia, por isso, deixar passar em branco a minha visita à Casa Assombrada, em Belas - projecto levado a cabo pelo grupo Teatro Reflexo.



Quero agradecer, desde já, às minhas companheiras de aventura: Ana V. Ramos, Andreia Maldonado e Diana Miranda - ADORO-VOS! ^_^


Ainda dentro dos agradecimentos, gostaria de referir o profissionalismo e simpatia de TODA a equipa do Teatro Reflexo.
Desde o primeiro momento que fomos brindados por uma senhora muito simpática na bilheteira, que nos deixou à vontade e teve um gesto muito querido para com a nossa mamã (Ana Ramos), visto o seu bebé estar adoentado. Não, não obtivémos qualquer livre-passe no que toca a levar telemóveis ligados para dentro da casa - regras são regras - mas ficámos muito mais descansadas sabendo que seríamos contactadas o quão breve possível, em caso de necessidade. Depois a todo o restante staff que, entre brincadeiras, explicação das regras e tudo o mais, foi sempre fantástico.

No que respeita à visita em si, e sem levantar demasiado o véu (ou deveria dizer o lençol?), por motivos óbvios (existem ainda visitas a decorrer até Outubro e não queremos estragar a surpresa para quem lá vai, correcto?), o que podemos dizer?

Podemos com toda a certeza afimar que o medo é, sem sombra de dúvida, psicológico.
Chegámos a Belas por volta das 21h30, meia hora antes da sessão que nos era destinada (a das 22h), como ditam as regras. Entre brincadeiras sobre a casa e as reviews que tinhamos lido na página de Facebook deste projecto, lá passámos o portão do imponente palacete de estilo neoclássico datado do século XIX (mais concretamente 1863). Os restantes elemento que perfaziam o grupo de 9 pessoas chegaram pouco depois. Ainda na bilheteira foram-nos dadas algumas indicações do que se iria passar e as frases que precisávamos ter em memte para duas situações distintas - em caso de querermos desistir e em caso de termos problemas técnicos com os nossos audioguias.


Em seguida fomos encaminhados para a primeira sala onde outro membro do staff nos aguardava para nos entregar os audioguias e explicar parte do trajecto. A ansiedade começou a mostrar-se, primeiramente porque estávamos a uma mera porta de iniciar a sequência de salas onde encontramos o medo, ou onde o medo nos encontra a nós, e em segundo lugar porque nos foi dito que tínhamos de nos separar em grupos de 3. Ora, se naturalmente gostamos de estar perto das pessoas que conhecemos e com quem nos damos, numa situação destas não queremos abandonar um membro que seja do grupo. Mais uma vez, regras são regras.

A primeira parte da experiência decorre no piso térreo da casa, em que cada grupo de 3 pessoas entra à vez na primeira sala (com um diferencial de cerca de 5 minutos para o grupo seguinte). A ideia é explocar cada uma das salas em busca de pistas que vão ser determinantes para encontrar a saída da propriedade no final da experiência.

A segunda parte decorre no 1º piso da casa (a ala dos criados, na altura), em que o grupo se reune novamente (os 9 elementos) para debater as pistas encontradas. Existem 11 quartos ao todo neste piso e, embora estejamos todos reunidos, é-nos solicitado que entremos cada um num quarto diferente. Ao todo, cada elemento do grupo terá oportunidade de abrir 5 portas. Cada quarto terá uma experência diferente, níveis de terror diferentes e podem ou não conter pistas. Para os mais fracos de coração também existe uma opção.

Se no final destas duas fases o grupo tiver as pistas reunidas e conseguir fazer uso delas, não terá qualquer problema e passar à fase final - o jardim. Caso não as tenham ou não consigam interpretar as mesmas... não faço ideia do que acontece - nós conseguimos! :)

Em suma, considero que o projecto está muito bem construído. Os actores estão lindamente caracterizados, a história é excelentemente bem contada.
As histórias da casa, a sua arquitectura, os jogos de luzes e sombras que cada recanto tem foram todos muito bem estudados. É impressionante como os actores se conseguem fundir com as sombras, e estar nos lugares mais inesperados. Se pensamos que vai ser previsível... não vai! E por muito que possamos repetir para nós mesmos que é apenas uma casa, que são apenas actores, jogos de luzes, etc... Certo é que a dada altura (e aqui posso apenas falar por mim e da minha experiência) o actor passa a ser visto como a ameaça que vem na nossa direcção, e em vez de relativizarmos e dizermos "é um actor, não te vai tocar", o cérebro  depreende apenas "perigo! mantém contacto visual para conseguires ou ripostar, ou fugir antes que te apanhe".

Os meus parabéns a todos envolvidos neste projecto. Foi uma experiência fantástica, descobri que sou mais medricas do que pensava (o segundo piso para mim foi... digamos que coragem a dois é muito mais giro do que ter de enfrentar salas escuras sozinha).

P.S. Os meus agradecimentos ao palhaço (não é um termo ofensido, era mesmo um actor vestido de palhaço creepy - daqueles que metem medo!!!!) que nos brindou com uma visita quando o grupo ja estava reunido com a última pista - consegui não entrar no quarto onde ele estava, mas alguém lhe disse que eu haveria de gostar de o ver... (Ana Ramos... isto merece retaliação).


Para os que ainda tencionam visitar a casa e testar os seus medos, o projecto vai estar neste palacete em Belas até ao final de Outubro deste ano. As inscrições abrem a dia 15 de cada mês para o mês seguintes. Neste momento estão a decorrer as marcações para Setembro. Aproveitem porque esgota rapidamente! Podem consultar mais informações aqui.

ME

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